Por que é importante falar sobre transtornos psicológicos e saúde mental
Os sentimentos que passam a fazer parte da rotina de uma pessoa com a saúde mental debilitada são diversos. A depender do caso, os pacientes sentem raiva, tristeza, frustração, apatia e medo, entre outras emoções negativas. No entanto, há um fator externo que é considerado pelos especialistas tão cruel e perigoso quanto todos esses sentimentos – o estigma.
Isso porque fazer com que assuntos como automutilação, depressão e ansiedade se mantenham tabus contribui para o insucesso dos tratamentos, o que pode levar a consequências mais graves, como o suicídio. Além disso, o estigma tira a dignidade os pacientes de transtornos mentais, infantilizando-os e/ou desumanizando-os.
O papel de enfrentar esse problema, portanto, é de todos: não só a mídia deve desenvolver estratégias eficazes e seguras de falar sobre o assunto, mas também a família, a escola, a igreja e demais comunidades que possam servir de rede de apoio para quem sofre de adoecimento mental.
Os principais aspectos a serem levados em consideração nesse sentido, são os estereótipos – ou seja, é preciso compreender que cada indivíduo possui um quadro único e que estereótipos negativos causam preconceito; o preconceito, que leva ao estigma público e/ou ao autoestigma, minando a autoestima e dificultando a cura; e a discriminação, que pode levar a consequências graves, como a exclusão em processos seletivos de estágios e empregos, por exemplo.
COMO REDUZIR O ESTIGMA?
A informação é o principal tópico a ser explorado para combater o estigma. Falar sobre transtornos mentais de maneira interdisciplinar, adequada à idade e humanizada é papel fundamental das instituições e deve ser um exercício constante.
Além disso, colocar pessoas que enfrentam problemas de saúde mental em evidência de maneira positiva, sem romantizar a questão do adoecimento, é importante para que a sociedade compreenda como ajudar e acolher devidamente, auxiliando no processo de recuperação.
PREVENÇÃO É VIDA
O projeto Ações Integradas de Educomunicação para Prevenção ao Suicídio e da Automutilação promove a abordagem adequada de temas relacionados à saúde mental, de forma pedagógica e didática, utilizando ferramentas de educomunicação. A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde do Brasil, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), a Fundação Demócrito Rocha e a Universidade Aberta do Nordeste.