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Como identificar um ataque de pânico?

11.11.20 - 07H29 Por Ana Beatriz Caldas
Falta de ar e dores no peito são sinais de ataque de pânico (Foto: Unsplash)

Uma pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2019 mostrou que, no Brasil, a sensação de ansiedade tornou-se algo “comum”: no levantamento, o País foi considerado o mais ansioso do mundo, com quase 10% da população apresentando sintomas de ansiedade patológica. O transtorno, no entanto, se manifesta de diversas maneiras e pode requerer cuidados médicos, como psicoterapia e tratamento psiquiátrico.

Entre as “modalidades” nas quais a ansiedade se apresenta está o Transtorno de Pânico (TP), que segundo a Associação Médica Brasileira (AMB) “é caracterizado por ataques súbitos de ansiedade, onde sintomas somáticos se desenvolvem abruptamente”. Além do mal estar momentâneo, essas crises – que comumente ocorrem com alguma frequência e costumam durar alguns minutos – não costumam ocorrer sem a presença de alguma comorbidade psiquiátrica.

Dessa maneira, a investigação médica adequada torna-se necessária, especialmente porque o problema pode tornar-se crônico e ocasionar outros problemas de saúde mental, como a agorafobia. Mas como identificar um ataque de pânico?

De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sintomas de um ataque de pânico incluem dores no peito, taquicardia, falta de ar e medo de morrer. Esses sinais podem ser confundidos com problemas cardíacos – e, mais recentemente, com infecção por coronavírus – e, portanto, o principal fator para identificar uma crise é a recorrência, já que não há necessariamente um motivo “real” para que ela aconteça. Crises de falta de ar relacionadas a outros sintomas físicos, como tremores ou taquicardia, por exemplo, podem ser indicativo de um ataque de pânico.

A recomendação médica, especialmente em casos recorrentes, é buscar auxílio médico adequado através de equipamentos do Sistema Único de Saúde (SUS), como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) ou as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Em casos de emergência onde não seja possível identificar a crise, também é possível acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), através do número 192.

LEIA MAIS | Ansiedade: como identificar e diferenciar da Covid-19

PREVENÇÃO É VIDA

O projeto Ações Integradas de Educomunicação para Prevenção ao Suicídio e da Automutilação promove a abordagem adequada de temas relacionados à saúde mental, de forma pedagógica e didática, utilizando ferramentas de educomunicação. A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde do Brasil, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), a Fundação Demócrito Rocha e a Universidade Aberta do Nordeste.

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