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Ansiedade: como identificar e diferenciar da Covid-19

08.10.20 - 08H00 Por Ana Beatriz Caldas
Ansiedade atinge quase 10% da população brasileira, segundo OMS (Foto: Unsplash)

Uma pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no ano passado mostrou que, mesmo antes da chegada da Covid-19, o Brasil sofria com uma epidemia grave: a de ansiedade. O levantamento feito pela OMS apontou que o País é o mais ansioso do mundo, com quase 10% da população apresentando sintomas de ansiedade patológica – que, diferentemente da ansiedade comum, causa danos à saúde, atrapalhando o dia a dia do indivíduo. Mas se a ansiedade comum aparece com frequência em diferentes momentos da vida, como identificar um transtorno de ansiedade?

Segundo as autoridades de saúde, o quadro de ansiedade se caracteriza, entre outros critérios, pela frequência do mal estar e pelo dano que ele traz ao bem estar do paciente. Entre os principais sintomas físicos estão taquicardia (coração acelerado), suor excessivo, boca seca, tontura, náuseas, fadiga e falta de ar.

Outros sinais também podem indicar a necessidade de uma avaliação profissional, como a ocorrência de pensamentos indesejados, falta de concentração, inquietação, insônia e irritabilidade. Esses sintomas podem gerar crises e quadros de tristeza intensa, podendo ou não estar conectados a outras doenças de ordem mental, como a depressão, e por isso devem ser acompanhados por psicólogo e/ou psiquiatra, a depender de uma avaliação individual.

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ANSIEDADE NA PANDEMIA

Durante a pandemia de coronavírus, há um motivo a mais para prestar atenção em sintomas relacionados à ansiedade. Segundo o psicólogo da Rede Ebserh, Diogo Bendelak, em entrevista ao portal gov.br, sintomas psicossomáticos da ansiedade (como falta de ar, tosse e tarquicardia) são facilmente confundidos com sinais de infecção pelo SARS-CoV-2, o que pode dificultar a correta identificação dos sintomas pelo paciente.

Por isso, em caso de aparecimento de um ou mais dos principais sinais de ansiedade, deve-se buscar auxílio médico especializado, mantendo as medidas de segurança para evitar a infecção e transmissão da Covid-19.

Além disso, para evitar o aparecimento da ansiedade durante a pandemia – especialmente em quem está em isolamento social –, os médicos recomendam as seguintes medidas de prevenção: desenvolvimento de atividades criativas; prática de exercício físico; falar sobre sentimentos com familiares e amigos; buscar informação qualificada apenas em fontes oficiais.

PREVENÇÃO É VIDA

O projeto Ações Integradas de Educomunicação para Prevenção ao Suicídio e da Automutilação promove a abordagem adequada de temas relacionados à saúde mental, de forma pedagógica e didática, utilizando ferramentas de educomunicação. A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde do Brasil, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), a Fundação Demócrito Rocha e a Universidade Aberta do Nordeste.

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